De: Mário Castro - "A visão redutora do Porto, cidade e região"
Sinceramente, eu fui e sou um dos críticos viscerais do Sr. Rio. Obviamente que não deixo de lhe "tirar o chapéu" como cidadão deste país ao trabalho que ele tem vindo a fazer pelas contas do país no que concerne à Cidade do Porto, se é que me entendem.
Mas a questão é muito mais profunda. Ele comprometeu-se com um projecto e diz que o vai cumprir até ao fim. Agora falta saber os custos desse projecto para a Cidade do Porto e a Região. Se todos sabemos que o Porto está rodeado de gente de prestígio, com capacidade e acima de tudo poder económico, não compreendo porque é que ele insiste na ideia redutora de Governar entre o Rio Douro e a Circunvalação, como ele fez questão de frisar inúmeras vezes, minimizando e limitando a edilidade e o facto ser Presidente da Câmara do Porto.
Nós precisamos de carisma, de voz activa, de capacidade de imposição, de imagem enfim de alguém que una as forças vivas dos diversos sectores, as congregue numa só voz e lute taco a taco pelos dinheirinhos, pela atenção e pelo investimento, enfim pela igualdade de oportunidades. E aqui sim seríamos o verdadeiro EXEMPLO porque, seguindo o exemplo dado nos diversos discursos dos interlocutores de ontem no debate, assumiríamos os nossos problemas como problemas NACIONAIS e com isso ganhariam muitas outras regiões deste país. Se queremos ser exemplo, então que tenhamos a pujança necessária, com uma liderança capaz de defender os interesses da nossa região e todas as outras deste país. Com esta estratégia, quem sabe, não nos estaríamos a substituir ao Terreiro do Paço?!
Gostei em parte do discurso do Sr. Rio mas continuo a olhar para ele e a ver um elemento redutor da minha Cidade. E a minha Cidade é GRANDE! É assim que a sinto, uma BOMBA prestes a explodir. E eu vou libertando essa pressão sempre que o meu FCPorto é campeão. A rivalidade saudável e a concorrência será sempre um factor de desenvolvimento entre cidades e regiões capazes de albergar uma sociedade saudável e plural ou seja desenvolvida.
Mário Castro