De: Luisa Moreira - "Pessimismos"

Submetido por taf em Quarta, 2007-06-27 12:44

Sinceramente, não me parece que o pessimismo dos comentários se justifique. Pareceu-me, antes, que a FCF tentou fazer um programa sobre um número excessivo de temas:
O Porto cidade, a cultura, os Aliados, o comércio, a área metropolitana, a Galiza, a regionalização, a indústria, o desemprego, as universidades, o Norte. Tudo ao molho e fé em Deus... Não podia dar bom resultado, e ainda por cima ela não consegue apanhar o fio das intervenções. Achei que de facto só os Ruis (o Rio e o Moreira) estiveram bem, cada um no seu território. Mas não se podia pedir muito mais, e estarmos aqui a dizer mal ajuda pouco. Só vos pergunto, e Lisboa, e se fosse sobre Lisboa, seria assim tão melhor? Duvido, sinceramente.

O que me parece é que estes espectáculos mediáticos têm esse defeito: são para a FCF brilhar. Um brilho pires. Quando ela fingiu falar à moda do Porto, um sotaque que ela passou anos a tentar esconder foi mau de mais para ser verdade. O programa era pros e contras? Então deviam ter chamado o Rui Rio e a oposição, se fosse sobre o Porto. Rui Rio e Rui Moreira/ Carlos Lage e alguém do governo. Então sim, teríamos um debate. Assim, tivemos um rolo compressor.

Mas, como já disse e sou insuspeita porque já aqui os critiquei (principalmente ao Rio), achei que o discurso dos dois foi muito afirmativo e claro. Acho que não há muita gente assim em Portugal. Goste-se das suas ideias, ou não se goste. Sobre a regionalização, o Rui Moreira foi claro. Muito claro. Percebeu-se que a AEP não é nada, dissolveu-se no país que quer abraçar, entupiu-se no Ludgero, encalhou no Valente de Oilveira, hipotecou-se em Santa Maria da Feira.

Uma nota final: fala-se sempre da CCDR ou CCRN e das suas elites. Quem? Terei ouvido bem?... Braga da Cruz? Valente de Oliveira? Aquele professor venerável? Devem estar a gozar comigo. À parte a Elisa e a Cristina Azevedo, e não é por serem mulheres, estiveram lá nos últimos anos os servos de Lisboa. Gente que se colou à capital. Ao poder. Que não é carne, nem peixe.