De: Cristina Santos - "Pagar e percorrer 300km para receber"
Quem vai governar as regiões que venham a ser aprovadas não é prioritário nem deve funcionar como desincentivo ao processo. O que está em questão é simples: o Governo recolhe impostos de forma indiferenciada, que redistribui conforme os seus projectos e a capacidade que cada cidade tem para recorrer a eles.
Todos pagamos o mesmo, a diferença é que uns têm melhores acessos e condições à distribuição da receita. A maioria dos Ministérios e Instituições públicas estão sedeadas em Lisboa, é natural que a proximidade gere desproporcionalidade na utilização de recursos. Os empresários e habitantes de Lisboa têm uma condição privilegiada de acesso a incentivos e formalidades públicas, absorvem parte substancial da economia do país.
O empresário de Chaves paga tanto como o de Lisboa, no entanto para ter direito a qualquer tipo de incentivo tem que lidar com uma série de intermediários, sujeitar-se a informações serôdias e nem sempre correctas. Regridamos uma década: os agricultores do interior, por falta de informação e acesso, poucos apoios obtiveram para a modernização, no entanto muito Lisboeta e Portuense se deu ao trabalho de elaborar um projecto altamente comparticipado, com recurso a todo o tipo de cláusulas e majorações, comprar casas rústicas nas aldeias desses concelhos, receber a comparticipação e abandonar o local de seguida.
Isto aconteceu porque eram privilegiados no acesso à informação e aos meios, tratavam os projectos no local de residência, enquanto que os do interior tinham que percorrer centenas de quilómetros para acelerar e tomar conhecimento pessoal da situação.
Quanto a questões de outra natureza convém estranhar :
- - Campanhas de insulto aos portugueses;
- - Controlo dos média (TVI);
- - Futuro controlo da CM Lisboa;
- - Bombardeamento com programas nostálgicos na Tv pública;
- - Perseguição a empresas;
- - OPA sobre a PT