De: Cristina Santos - "Rendas, Otas e Campanhas"

Submetido por taf em Quarta, 2007-05-02 16:51

O Estado propõe-se subsidiar os aumentos de rendas com os impostos acrescidos que os proprietários vão pagar. O que é isto, inversão dos direitos ou inversão dos deveres? Se o proprietário recebeu rendas, o Estado recebeu imposto proporcional, o proprietário é obrigado a ter dinheiro e o Estado não?! Se o Estado se propõe subsidiar as rendas, porque não podem ser aumentadas de imediato e têm que passar por 5 ou 10 anos de fase de antecipação?

É o socialismo de ocasião, o proprietário aumenta a renda de acordo com os seus inquilinos pobres, e o Estado, a maior entidade financeira de Portugal, aumenta os impostos sem se compadecer da situação do seu povo a Norte, que vai fechar empresas para financiar projectos a 300 km de distância.

O Governo tem vindo a insultar os proprietários, os ricos e os remediados, com campanhas e leis que tratam o promotor português ao nível do empresário do 3º mundo. Campanhas que além de insultuosas se equiparam às da ditadura, quando apregoam que os pobres não pagarão, mas os ricos pagarão até ficarem ao nível dos pobres, e aí o Estado redistribuirá a riqueza de forma honesta, investindo principalmente onde dá lucro, já que se não for para dar lucro, não tem parcerias privadas.

Portugueses, meus filhos, sejam contra a riqueza alheia, se é rico não é honesto, peçam facturas. Façam com que o dinheiro venha todo parar às nossas mãos. O que é isto, a dízima outra vez?

O que se pretende, desmoralizar, atacar a riqueza, penalizar quem ainda tem para que todos tenham menos? Restabelecer a igualdade tornando todos pobres? Reduzir a voz activa? Com empresários ou proprietários descapitalizados não há força regional!

Este Governo foi eleito em Democracia, foi eleito porque garantiu que em primeiro lugar estavam os portugueses, estavam primeiro que a Europa, que a OTA ou qualquer capricho pessoal. Agora o que está em primeiro lugar é o dito aeroporto, os milhões e, para consegui-lo, o Governo nem percebe que está a empurrar Portugal para o saudosismo, para a inércia, para a apatia, está a descapitalizar-nos, a retirar-nos o poder e a abrir caminho para o autoritarismo, que é o comum desfecho do socialismo de ocasião.