De: António Alves - "Think smart!"

Submetido por admin em Terça, 2007-03-20 23:58

Porto, Gaia, Valadares, Francelos, Miramar, Aguda, Granja e Espinho estão ligadas ligadas pelos excelentes (dizem que são os melhores da Europa) comboios suburbanos da CP Porto. São cerca de 40 comboios em cada sentido das 05:45 às 00:30. Seria absurdo duplicar infraestruturas acrescentando-lhe uma linha de metro.

É possível chegar à Vila da Feira de comboio a partir de Espinho utilizando a Linha do Vouga. Infelizmente esta linha encontra-se ao mais completo abandono e serve mal as populações. No entanto, devidamente modernizada seria uma boa solução para ligar o Porto à Vila da Feira, ao Europarque e à futura Exponor, evitando-se desse modo a construção de um novo traçado de raiz, poupando-se assim múltiplos milhões de euros só em expropriações. Recomendo aos que não conhecem esta via férrea a consulta do Google Earth para verificarem o seu traçado de Espinho à Vila da Feira.

Do Porto à Póvoa chegava-se mais confortável e rapidamente de comboio do que hoje se chega de metro. As automotoras eram modernas e estavam equipadas com WC's. Coisa que hoje não acontece nos tranvias da Metro do Porto que não são, de todo, os veículos indicados para este tipo de percurso. Este problema ficará resolvido com a chegada dos tram-train, que julgo já estarem a ser fabricados. Estes tram-train são veículos ferroviários a meio caminho entre um comboio suburbano e um metro. Na época das automotoras para a Póvoa não era moda andar de comboio como hoje é moda andar de metro. Ainda bem que as coisas mudaram para melhor.

Sou utilizador de comboios há décadas e falo por experiência própria. Hoje sou também utilizador do metro. As minhas propostas visam alertar os responsáveis para não se cair no erro de estar a desperdiçar infraestruturas já existentes e assim poupar recursos preciosos para equipar outras áreas do território que delas careçam. Incomoda-me ver o dinheiro que desconto mensalmente ser mal utilizado. Como não ganho fortunas, o desconto coercivo que me fazem todos os meses custa-me bastante.

António Alves