De: JA Rio Fernandes - "Alianças"
Depois de um governo PSD-CDU e PSD-CDS na cidade do Porto, só faltava mesmo ensaiar-se um PSD-PS, dito de salvação nacional. Estamos condenados a ter sempre o PSD nisto? Eu por princípio tendo a ser divergente nessas convergências que criam ambiguidades, dificultam a tomada de medidas necessárias e “empastelam a democracia” (ver o caso da Alemanha ou da Áustria). Mas não tenho uma oposição absoluta, até porque, como muito outros, já estou (quase) por tudo, depois da estagnação em que estamos e dos seus efeitos de causa e de consequência à escala regional, os quais deveriam preocupar seriamente o país.
Mas tenho um pequeno reparo. Quando disse que Artur Santos Silva seria capaz de conseguir a integração de Gaia no Porto, queria dizer a integração de Porto em Gaia, não era meu caro Tiago Azevedo Fernandes? É que esta é maior e tem mais gente… ou vamos ainda prolongar no século XXI o portocentrismo de que já Nuno Portas se queixava há mais de 10 anos e continuar a pensar que a metrópole é apenas o Porto e “o resto”? Quem lhe pergunta, como sabe, não é um defensor do status quo, antes do reforço da metrópole a 6 (Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Gaia).
Aproveito para discordar também de quem defende um Alberto João Jardim no Porto, como solução contra o centralismo. Além de que o país não tem dinheiro que chegue nem para um que fará para dois ou três, é bom assentarmos na ideia de que uns males não se combatem com outros, como (ainda?) acredito eu! Por isso, por exemplo, bom senso na rede e na gestão do metro do Porto e na administração da Metro do Porto em vez de berros é bem melhor e além disso facilita muito a crítica onde a gestão é menos boa, como pelo que dizem será o caso (também!) no metro de Lisboa.