De: F. Rocha Antunes - "A espinha do peixe"
Cara Maria Almeida
Não tenho tempo, infelizmente, para apresentar aqui as notas que tirei da conferência da Ad Urbem, mas talvez os meus outros dois colegas de blogue, o Tiago e a Paula Morais, o tenham feito e possam partilhar connosco. Como sempre o tempo escasseia e eu primeiro tive que enviar ao coordenador das Jornadas de Reabilitação o meu programa para a primeira sessão.
Vou apenas explicar o exemplo da espinha do peixe, tal como eu percebi do que disse o Arquitecto Nuno Portas. Disse então que, na sua opinião, os urbanistas deverão preocupar-se essencialmente com a definição e qualificação dos vários espaços públicos e com as ligações entre eles (aquilo a que genéricamente chamou tubos), criando um esqueleto, uma espinha de peixe, que depois os promotores imobiliários se encarregarão de preencher como souberem. O caso que apresentou foi o do bem sucedido urbanismo praticado na zona das Avenidas Novas em Lisboa, em que foram definidos apenas os espaços públicos e as respectivas ligações e foram os diferentes operadores privados que ao longo dos anos foram preenchendo os espaços de construção, dando forma ao corpo daquela parte bem sucedida da cidade.
Espero ter ajudado.
Francisco Rocha Antunes
promotor imobiliário
PS. É sempre de saudar qualquer esforço de discutir a Baixa, mas parece-me escusado exagerar a nobreza da iniciativa. Não precisa disso para ser evidentemente útil. Infelizmente não poderei estar presente.