De: Cristina Santos - "Que culpa tem o retalhista?"

Submetido por taf em Sábado, 2007-02-10 16:52

Em relação à Associação de Comerciantes, tenho uma dúvida. Quando a CMP vendeu em hasta pública vários edifícios na zona histórica, o gabinete Comércio Vivo não adquiriu 2 para instalar lojas de artesanato e coisas do género, um por 180 mil euros e outro por 140 mil? Tenho essa impressão, mas não consigo encontrar dados.

Seja como for, a quem cabe reclamar da aplicação do dinheiro obtido pela negociação com o grupo Amorim é aos nossos comerciantes, essas verbas devem ser devolvidas mas entregues a quem as possa gerir para benefício do comércio tradicional. O grupo Amorim deve reclamar, mas o principal credor é o comércio tradicional. Que se encontre rapidamente uma nova gestão, capaz de exigir a devolução do dinheiro e capaz de se responsabilizar pela sua correcta aplicação; uma gestão que garanta ao grupo Amorim que tudo será feito para cumprir o protocolo em questão.

Não se pode deixar que à custa dos erros de uma só pessoa os nossos comerciantes sejam duplamente penalizados, há que saber se ainda falta receber dinheiro do grupo Amorim, há que reaver o dinheiro mal gasto, e há que impulsionar os nossos comerciantes a voltarem à luta de outros tempos. Há muito que se reclama a extinção da monarquia da D. Laura, mas não a favor do grupo Amorim, mas sim a favor do comércio de proximidade, que não venha agora o grupo Amorim aproveitar-se deste infortúnio, chega de monopólios, os nossos comerciantes devem ser alertados, os demissionários devem convocá-los para os esclarecer e partir daí para um rejuvenescimento justo e equitativo.

Cristina Santos

Ps. Ontem no programa Ponto de Vista, voto positivo para o Dr. Rui Rio e para o Dr. Albino Aroso, concordando ou discordando das suas opiniões pessoais, é um orgulho ver estes 2 portuenses a intervir sem sorrisos hipócritas, permitindo o desacordo e sempre com dignidade, um exemplo para o País.
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Nota de TAF: A responsabilidade da situação a que se chegou na ACP é, claro, principalmente da D. Laura, mas os associados, na sua generalidade, parece terem estado a dormir este tempo todo... Que acordem agora, ao menos!