De: Alexandre Burmester - "Tolerância 2"
Vem hoje no JN uma imagem com a caracterização do futuro arranjo da Av. Da Ponte. Uma ínfima informação sobre o projecto, uma vez que continua a existir aquela forma de gerir cidade pela via do facto consumado. Podemos é desde já perceber que está garantida a continuidade da solução granítica encontrada para a Av. Dos Aliados. Será mais do mesmo.
O Metro irá uma vez mais suportar o custo por via das requalificações urbanas, quanto à Câmara para além de nada acrescentar nada mais informa sobre os restantes arranjos que teimam em surgir na famosa Avenida, que por mais de 20 anos espera uma qualquer solução que lhe tire o ar de Beirute que teima em manter.
A dinâmica do actual executivo camarário continua a apostar na continuidade do não acontece nada.
A título de exemplo a Av. da Boavista continua a manter aquela situação caricata que os devia encher de vergonha.
No tramo entre a Rotunda e a 15 de Novembro apresenta um ridículo esquisso de estação do Metro no centro, que condiciona a vida a todos que por lá passam. Entre esta e o Bessa mantêm as linhas do antigo eléctrico em faixas próprias, com um pavimento deplorável. Abaixo do Bessa e até à Fonte da Moura, é uma sucessão de experiências, com zona arborizada central, com duas faixas de Bus enfiadas numa só e uma sucessão de degraus betuminosos. Entre a Fonte da Moura e António Aroso mantém-se a zona arborizada com uma área interior abandonada e cheia de entulho de obras e lixo. Abaixo da António Aroso e até ao mar é o regalo de uma Auto-estrada com duas faixas de cada lado, mais duas centrais que não sabe para que servem e uma sucessão de sinais luminosos para garantir a passagem dos muitos peões que por lá não passam. Chegados ao Castelo do Queijo continuam as sucessões de experiências inacabadas entre linhas de eléctrico, pistas de corridas, parques de estacionamento abandonados e aqueles dois conhecidos edifícios sem outra função que não seja de chamar à Câmara de incapazes, e a nós todos de estúpidos.
Daqui, e numa perspectiva construtiva de ajudar a Câmara a fazer alguma coisa, venho sugerir uma utilidade para um dos edifícios em causa uma vez que se encontra pronto a usar e sem custos para a Câmara – Embaixada do HAMAS no Porto.
Alexandre Burmester