De: António Alves - "Os filhos de Schumpeter"
«"O mais importante é que as obras se façam. Se o Governo disser que as empreitadas só avançam quando for a Administração Central a nomear toda a administração, não vamos pôr em causa as obras por causa do modelo de gestão", sintetizou Rui Rio (PSD), presidente da Junta Metropolitana do Porto. O também presidente da Câmara do Porto sublinha, contudo, que não lhe parece lógico mudar "um projecto de sucesso, bem feito, com custos mais baixos do que os de Lisboa".»
Se acredita mesmo naquilo que diz porque raio é que deve ceder? Eis o exemplo plasmado dum membro daquilo a que Schumpeter chamou de classe política profissional e que tanto abominava porque dizia ser medíocre e timorata, muito mais preocupada em manter o emprego político do qual depende do que em promover e defender a sociedade da qual emana. Está muito bem acompanhado por estes que falam falam mas não nos dizem como pretendem mudar o estado de coisas. Vão continuar sentados nos seus empregos, para os quais foram nomeadaos pelo poder central, ou partir para a acção e organizar-se de facto num movimento que enquadre e lute pelos anseios desta população que voltou a emigrar em massa?
António Alves