De: F. Rocha Antunes - "A Baixa de que Porto?"
Meus Caros
O episódio da irritação do Presidente da Câmara de Gaia com o que o Alexandre aqui escreveu é significativo da abrangência que quer a Baixa que o Baixa (o blogue) têm fora do concelho do Porto.
A questão essencial que o Alexandre coloca é a de uma sobreposição de planos, o PDM, o Polis, o Master Plan, que tornam a leitura das possibilidades de investimento em Gaia, nomeadamente na zona ribeirinha, pouco perceptível. Como é que se concilia o investimento em novas unidades hoteleiras com a preservação do “quinto alçado” que são os telhados das caves? Podem-se fazer torres de 11 andares em cima do rio desde que seja junto da ponte do Freixo?
Essas questões, importantes quer para Gaia quer para o Porto, não são lineares. E a verdade é que, com a divisão em regulados ou paróquias que os partidos insistem em fazer do Grande Porto, não existem muitas oportunidades de cidadãos de um concelho fazerem sentir a sua opinião no concelho vizinho, mesmo que isso signifique arruinar as vistas magníficas que se tem.
Espero que este Baixa do Porto, o blogue, entenda a influência que tem e se alastre à dimensão que a outra Baixa, a da cidade, tem na região. E que não se acanhe com o franzir de sobrolhos e não ceda ao “respeitinho” de quem não está habituado a ouvir críticas.
Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário