De: Carlos Castro Oliveira - "Associação dos Comerciantes do Porto... que futuro?"
Meus Caros
Estou completamente maravilhado com a Associação dos Comerciantes do Porto, isto porque pelos vistos além de demonstrarem já por diversas vezes a sua falta de organização só sabemos "deles" por más razões. Sim, porque nunca se viu a Associação dos Comerciantes a manifestar-se contra a demora das obras na baixa do Porto, não vemos acções de animação e promoção organizada para cativar os consumidores a "gastarem no comércio tradicional". Só tenho conhecimento da ACP pelo site desactualizado e sem informação útil aos comerciantes e da iluminação de Natal... e pouco mais, para não dizer mais nada.
Mas agora ficamos a saber que na Direcção de sete directores, cinco demitiram-se, isto é notável, como podem estar tantas pessoas contra alguém, e o porquê de tantas pessoas tomarem a mesma decisão? Mas a resposta é simples: segundo a notícia, uma gestão familiar não pode "chegar" para mais do que uma família!!! Realmente, e segundo o JN, "De acordo com documentos a que JN teve acesso, só ao Comércio Vivo, o gabinete de arquitectura (pertence ao filho da Presidente segundo as notícias) debitou cerca de 400 mil euros, até Novembro passado" não quero imaginar qual foi o presente que o filho recebeu no mês de Dezembro (Natal). Passado este fenómeno notável lá vimos a saber mais uma "loucura", afinal a senhora Presidente não cumpre os seus deveres de associada não paga as quotas de associada (um ano sem pagar quotas... onde está o presidente da Assembleia Geral).
Pelas notícias que esses jornais vão dando, (e tenho que fazer uma homenagem à comunicação social, porque divulga estes "casos") não existe nenhum sentido político na gestão do dossier, isto porque, quando não se teme nada nem ninguém, dá-se a cara e vai-se à luta. E pelo desenrolar das notícias o poder e a dependência ainda é muito maior, pois não consigo entender como alguém não precisa de um novo acto eleitoral para "ter uma liderança reforçada", ou será que o medo de "perder algo" é maior que o medo da derrota.
Fiquei também espantado com este modelo de eleições, pois quando existem estas demissões em bloco o Presidente da Mesa, se não tem qualquer interesse, deve marcar eleições e segundo o PJ (não se assustem porque o que desejo dizer não é Policia Judiciária mas sim Primeiro de Janeiro) "ao contrário do que se estava à espera, o escrutínio vai servir, apenas, para eleger os elementos que há duas semanas e meia apresentaram a demissão. Isto significa que a actual presidente da instituição, Laura Rodrigues, vai manter-se no cargo, não tendo de enfrentar um novo processo eleitoral."
Quanto às novas eleições fica uma nota, imagine-se que são eleitos cinco directores que com o tempo "também ficam de má fé"(in PJ - Laura Rodrigues mostra-se também despreocupado quanto aos novos elementos que vão compor a direcção. Apesar de admitir o risco de ver eleitos pessoas que não confiam no seu trabalho, a presidente da Associação de Comerciantes do Porto prefere "não equacionar cenários". "Vamos ver o que vai acontecer. Irei ver o que essas novas pessoas pensam e espero que seja gente de boa-fé para trabalhar") isto porque se não gostarem da gestão ou tem muitas dúvidas sobre esta "gestão familiar", o Presidente da Mesa da Assembleia Geral vai ter que passar o mandato a marcar eleições até acertar com as pessoas que digam... A D. Laura lá sabe com certeza. Sim porque se o projecto da D. Laura deve ser muito flexível e adapta-se a quem entra.
Fico mesmo muito preocupado quando vejo que a democracia não funciona e as instituições estão dependentes de "profissionais" que não sabem fazer mais nada.
Resta-me comprar um bom pacote de pipocas e comer
Carlos Castro Oliveira