De: Hélder Sousa - "Unanimidades relativas"
Bom dia.
É curioso perceber que onde uns vêem neste blogue unanimidade na discordância da acção da CMP, outros vêem condescendência unânime em relação a essa mesma acção. Mas talvez sejam leituras enviesadas de ambas as partes! E as mesmas leituras enviesadas que enaltecem o também unanimemente ridículo e pateta editorial do director do Público (pelo menos para quem anda pelas ruas e frequentou alguma vez o Rivoli, por exemplo) esquecem-se que foi o mesmo Público que em pleno processo da chamada ‘Rivolição’ colocou em título a frase ‘É a Cultura, Estúpido!’, num destaque sobre um recente relatório sobre economia e cultura, título esse claramente dirigido a esse grande autarca portuense que me recuso mencionar.
Quero com isto dizer que não são só os jornais de ‘cor socialista’ que percebem o quão disparatado é esse autarca, mas também outros que, apesar do director, têm bons e hilariantes momentos insultuosos para com esse autarca (basta ver de resto as opiniões já publicadas pelo M. J. Marmelo, pelo E. Prado Coelho entre outros. Só que ele ou não percebeu que aquele título e aquele ‘estúpido’ era para ele (possibilidade a ter em conta), ou achou que não valia a pena incomodar-se com esse jornal sério uma vez que já tinha tido a sua condenaçãozita quando o comentador Augusto M. Seabra usou o termo energúmeno para se referir a ele.
Entre energúmeno e estúpido vai uma grande diferença!
A mesma diferença entre um Rivoli como até agora estava (e talvez o Sr. Rui Cunha não saiba muito bem como estava porque só deve ter lá passado mesmo em hora agitada) e um Rivoli/ La Feria Produções/ Bastidores produções/ outra qualquer empresa de responsabilidade limitada, criada para eliminar as dívidas anteriores e poder tirar mais algum lucro das foleiras produções destinadas ao glorioso povo portuense, que está quase quase à beira do abismo e insiste em avançar atrás desse não menos glorioso ser que há cinco gloriosos anos defende os interesses dos trabalhadores, dos pobres e desprotegidos, das mulheres, das crianças e dos quins barreiros, dos investidores, dos lojistas e das famílias das donas lauras (sem ser a D. Laura Viegas que não tem culpa nenhuma disto), que quase tirou os arrumadores das ruas, que quase quase recuperou os aleixos (e mando um abraço para esse não menos glorioso presidente da Junta de Lordelo do Ouro), os lagarteiros, os cercos, que ajudou e edificar esta tão nobre cidade e todos temos que lhe agradecer eternamente pelo facto de o Porto estar agora mencionado na página web da FIA.
Não consigo fazer mais elogios.
Hélder Sousa