De: Cristina Santos - "Encontramo-nos na Meta!"

Submetido por taf em Terça, 2007-01-02 14:24

O Mundo não terminou o ano de consciência tranquila, fez-se questão que a humanidade terminasse 2006 a sentir medo da Justiça e pena da Democracia, e isso não pode ser um bom presságio.

No Porto, o fim do ano não teve contagem, foi directo para 2007, o fogo rebentou, fez-se ver por 15 minutos, mas não houve uma palavra de incentivo ao Porto, uma voz off a desejar Bom Ano Novo Porto. Foi mais uma tradição cumprida, mas sentida fora de data, como se fossem precisos mais 3 meses para lá chegar.

Para 2007 o futuro do Porto depende do povo, do seu empenho, da sua capacidade e do seu trabalho. Quando a tempestade aperta cumpre ao povo segurar o leme enquanto não encontra a rota que tire o barco do remoinho, e este ano toca-nos a todos fazer força, a autarquia por si só pouco ou nada poderá fazer.

Já não depende de estradas, de iluminação, da recolha do lixo, isto agora depende do emprego, das posses dos agregados, das taxas de juro, e sem uma regionalização a fatia de apoio tenderá a ficar por Lisboa, porque em primeiro lugar está sempre a capital de um País e isso é razoável, uma capital está sempre disposta a acolher a gente de toda a nação. E as verbas, os orçamentos, o quadro comunitário? Não fiquemos à espera de receber, está sempre em melhor posição quem pode dar. As verbas cabimentadas são verbas paradas, só se movimentam conforme as receitas e as prioridades e este ano o Norte, em especial o Porto, terá uma prova de esforço.

Não tenhamos ilusões, só como muito trabalho e contenção vamos conseguir, portanto prepararem-se, subam as mangas, mãos à obra, que este ano é um ano de extremos, tudo o que for feito tem que ser feito a valer. Não vale ficar resignado, quando o povo se resigna o castigo torna-se um hábito e isso não nos pode acontecer.

Encaremos 2007 como se fosse uma ponte, quem a atravessar sem ser afastado da prova, afasta-se no mínimo 3 anos sobre os ficaram pela linha de partida. Lembrem-se que é uma ponte provisória, temos no mínimo que atingir 75% do seu limite para poder saltar para a margem, se não vêem meios de atravessar a ponte mantenham-se em terra firme, a prova vai ser dura, há que escolher e estar preparado ou ficar por onde está, ou caminhar muito, porque quem ficar a meio vai afundar.

Não se esqueçam que não está nada na mão do Governo, não esperem nada, está tudo nas nossas mãos, temos 1 ano para chegar a 2008 e a maratona começa aqui, hoje e quem não está a trabalhar já está com 1 dia de atraso. E nesta competição não haverá condescendências, por isso vamos lá caminhar.

Boa sorte Porto.