De: TAF - "Imagem"
Há coisas que me custam a perceber. Como é que a SRU quer convencer alguém a apostar na Baixa se ela própria não consegue manter a entrada para a Loja da Reabilitação em estado aceitável? E a multimédia não permite transmitir o cheiro...
Eu sei que é feita limpeza mas que a zona é difícil. Mas isto é a "porta de entrada", nem que fosse necessária vigilância 24 horas/dia! Não se pode facilitar em questões de imagem tão simbólicas como esta. Neste aspecto veja-se o bom exemplo da Metro do Porto, que tem feito um esforço exemplar em manter limpa toda a rede, e aí a tarefa é bem mais exigente!
Soube hoje também que já só sobram 2 dos 5 ateliers de jovens arquitectos e engenheiros que foram inicialmente instalados junto à Loja da Reabilitação. Os ocupantes desistiram deles. Por que será? Assim não vamos lá.
PS: Lembrei-me também da primeira vez que fui ver a sede da Porto Vivo, tinha ela acabado de se instalar. Entro pela Viela do Anjo e a primeira impressão foi pouco abonatória: estava um desgraçado a injectar-se na soleira da porta da própria Porto Vivo...
PS 2: São precisos dois tipos de medidas - prevenção e integração. O primeiro é "força bruta", pouco simpática mas indispensável: vigilância eficaz, permanente, implacável. O segundo, simultâneo e sem o qual o primeiro não faz sentido, é fazer com que a SRU e a respectiva loja sejam assimilados pela comunidade local, passem a fazer parte da vida local. Isso implica que haja convivência real entre quem está na SRU e quem vive à sua volta. Que tomem café no mesmo sítio. Que vejam futebol juntos (o que custa nos dias de jogos importantes colocar no pátio um ecrã para usufruto da população?) Que de vez em quando joguem à bola com os miúdos, ou que os convidem para comer com eles umas fatias de bolo-rei comemorativas do Natal ou dos Reis. Que contratem habitantes locais para auxiliar no policiamento. Que visitem as associações da zona e "comprem" a sua simpatia com a resolução de pequenos problemas que os atormentem. Enfim, que sejam úteis. Todos. Não é enviar uma assistente social fazer o "trabalho sujo". ;-) E os ateliers que não fiquem vazios, nem que seja preciso pagar para que alguém os use. Por que não um pequeno posto-base de serviços de enfermagem, por exemplo, que tipicamente tem movimento dia e noite?