De: Cristina Santos - "Liberdade"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-09 23:54

Francisco Oliveira, não sei se defende a liberdade de imprensa ou a liberdade do Presidente da CMP em não prestar esclarecimentos quanto aos planos da Cidade. É que pelo menos as entrevistas dos jornais passam previamente pelo deferimento do Sr. Presidente.

Acredite que a jornalista não esteve bem, dou-lhe um exemplo: quando o Presidente falou de ciclos, podia lhe ter proposto que imaginasse um mandato de 5 anos, e eleições em Outubro último, e perguntado se teria tomado as mesmas medidas «corajosas» de 2006? A tomá-las, se venceria com a mesma maioria? Mas Judite não fez perguntas para além das que tinha no papel, ele respondia ela avançava para outra, tipo inquérito, o Presidente respondeu sempre no passado, não ilustrou um único momento para o futuro.

De resto, o desejo de todos os portuenses é o desenvolvimento da Cidade, e há áreas banais que estão mal geridas, isso é evidente e o Presidente insiste em desvalorizar aquilo que as pessoas constatam no dia a dia, provavelmente pensa que os portuenses são maluquinhos, não sabem o que vêem. Na sua lógica, o lixo nas ruas ao fim de semana não atrai marginalidade, não afasta turismo, não prejudica a qualidade de vida, porque ao fim de semana a cidade esta vazia - «às moscas», se não há pessoas como pode haver consequências graves? O objectivo é impor as leis da Democracia, e conseguir uma ligeira poupança a curto prazo...

Parte do princípio que a subsídio-dependência é uma doença grave, mas em vez de a tratar excluia do sistema público de saúde, não a encaminha, não lhe dá solução - exclui. Os jornalistas têm códigos, há bons e maus profissionais, o tratamento que a CMP lhes dá é desrespeitador para com a idoneidade pessoal de cada um, porque exclui todos, afasta-os do sistema por inaptidão geral.

Isto vai contra a ideologia da coesão social, quem pretende promover a coesão não exclui, não desrespeita nenhum dos agentes sociais, todos são necessários à coesão, os ricos, os pobres, a função da CM é promover a harmonia.

Quanto ao Metro estou do lado de António Alves, a questão é que não queremos substituir um cancro por outro, queremos tratá-lo. O avanço do Metro do Porto é uma prova inequívoca para quem defende a descentralização.
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Cristina Santos