De: Cristina Santos - "Todos os processos são públicos"
Caro Tiago
Tens razão, os processos são diferentes. Um era o «apito dourado», outro era o processo autónomo no Ministério Público de Gondomar, que acusava Valentim Loureiro, enquanto Presidente da Metro do Porto, de tráfico de influências. Nomeadamente de «combinar» obras e concursos da Metro do Porto com empreiteiros, que se transformavam em Mecenas do Boavista Futebol Clube. O problema é que quem acusava era Gondomar, mas o móbil do crime era de outra comarca. Isto foi arquivado, mas envolveu a Metro do Porto ao ponto de Oliveira Marques vir negar que tais acusações pudessem ser possíveis, uma vez que os empreiteiros suspeitos nem sequer tinham obras com a empresa. O único processo que ainda subsiste é o de Bruxelas, que veio processar a Metro do Porto pelos contratos públicos efectuados sem rigor.
O que pretendo dizer é que à data a que se reportam as acusações o Presidente do Metro era o Major Valentim Loureiro, que foi acusado das infracções a que o relatório do T.C. alude, excepto as acusações assessórias: plafonds do cartão de crédito e os ordenados, estas acusações nunca foram provadas. Se tivessem sido provadas, não estavam em causa todos os directores executivos eleitos pelo Governo e pela JMP, não estaria em causa a empresa mas o seu gestor, uma só pessoa, um só móbil para o disparate, uma forma de alguém assumir financeiramente as responsabilidades. O Governo também foi dando o seu aval às obras a realizar, nomeadamente IPPAR nos Aliados.
Há gente no Porto capaz de gerir com transparência, mas ao Governo não interessam as provas porque as condenações encerram os casos, a este Governo centralista só interessa a suspeita, e de suspeita em suspeita vai adiando as decisões para com os portuenses. Não é justo que por culpa de alguns, incluindo a culpa do Governo e da sua Justiça Pública, o Porto venha a ser penalizado, ou que a Metro perca a relativa independência.
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