De: JA Rio Fernandes - "Vereador Lino Ferreira"
Independentemente das divergências que tenho com a maioria que a partir da Câmara governa (ou era suposto governar) a cidade e sem ter qualquer comentário a fazer relativamente a casos concretos que têm estado em debate recentemente no Baixa do Porto (os factos falarão por si mesmo), quero cumprimentar o Vereador Lino Ferreira (que não conheço pessoalmente), pela sua disponibilidade a abrir-se ao debate no espaço electrónico e nos convidar ao seu gabinete, dando provas de uma cultura democrática e espírito de abertura que muito se saúda, mais ainda em contraste com o comportamento do seu “chefe” que recusa o confronto de ideias e fala pelo site que devia ser da instituição. Esta atitude contrasta também com a dos outros vereadores que talvez um dia venhamos a ter o prazer de conhecer através de qualquer medida que venham eventualmente a efectuar e que ultrapassem em alcance a colocação de sacos para as fezes dos cães.
Claro que a sua atitude, caro vereador, não permite fazer esquecer a apatia imobiliária em que a cidade caiu (encontra para tal alguma explicação? Ou é apenas uma “impressão” da oposição?), nem ajuda a explicar as contradições do pelouro entre o senhor, o seu antecessor Paulo Morais e o antecessor deste, Ricardo Figueiredo (como se viu por exemplo no caso da Quinta da China).
Quatro perguntas que talvez possa responder, ou permitir audiência para me esclarecer:
- 1. Quantos e quanto somam os pedidos de indemnização por impossibilidade de construir?
- 2. Qual o tempo médio entre a entrada de um processo de construção e a sua aprovação (sabendo-se o que a “gestão do tempo” suscita em termos de corrupção)?
- 3. As árvores escolhidas por Siza Vieira e que ele garantiu estarem para durar, foram afinal retiradas meio ano depois da Avenida dos Aliados e substituídas por outras que vão agora dar muita sombra, aparentemente porque as primeiras foram colocadas no Verão. Qual o custo do disparate e porquê tal lapso? (Não me diga que foram necessidades de inauguração ou que não se sabia que a altura era pouco propícia a plantações, porque eu não quero acreditar que o nosso super-gestor/contabilista de trazer por casa anda a fazer mais desperdícios além dos que fez na Avenida da Boavista com a trapalhada dos carros antigos por conta do ovo (Metro) que haveria de sair do cu da galinha (Governo).
- 4. Como explica que na cultura a prioridade seja atribuída aos ralis de carros antigos e se como explica a sua cumplicidade com uma incompreensão política em relação à importância estratégica da cultura, que como lembra Alexandre Burmester (e qualquer livrito menos antigo que trate o desenvolvimento recente de Nova Iorque, Paris, Barcelona ou Bilbao, esclarece) é absolutamente fundamental?
Cumprimentos. E a melhor sorte do mundo (a cidade bem precisada está), Rio Fernandes