De: Cristina Santos - "Campanhas, jornadas e informação"
A SRU do Porto já promoveu imensos debates, desde o Masterplan, aos projectos de reabilitação, aparentemente já conhecemos todo o discurso. Mas existiu uma quebra enorme na informação, divulgação, publicidade, o projecto Porto Vivo continua a ser confundido com o Cruarb, a Porto Vivo não nasceu para morrer. Tem que continuar, agora cumpria-lhe fazer uma jornada para mostrar transparentemente como correu na Rua das Flores, qual foi a experiência, as dificuldades, como vai reinvestir o retorno.
Independentemente de virmos nós próprios a fazer jornadas, troca de experiências, a Porto Vivo tem ainda muita gente para convencer, ou então arrisca-se a que daqui a 3 anos continue tudo na mesma. A Banca, por exemplo, tem que ser parceiro nesta reabilitação e falta informação e campanha nessa matéria. Em cada projecto que a Banca se mostrar renitente resulta num investidor desmotivado.
As campanhas têm que continuar, a publicidade, os folhetos, a divulgação. A Porto Vivo pode continuar à espera dos privados, lá sentadinha, a receber muito bem, numas boas instalações, mas se não continuar a insistir no projecto, na reabilitação, corre o risco de morrer lá sozinha.
Houve uma quebra enorme no investimento promocional, e com tantos projectos de reabilitação da Baixa que falharam ao longo dos anos, não chega um ano de publicidade para mudar mentalidades. A Porto Vivo tinha que divulgar, fazer campanhas de como está a decorrer o processo, toda a sua experiência, alertas. Já sabemos que dá boas condições e esta instalada na Sé do Porto, mas se parte do princípio que já convenceu os investidores e que agora tudo se faz por moto próprio, engana-se. Além de ter que continuar a promover-se, tem também que puxar questões, como a segurança, como vai investir o retorno da Rua da Flores... bem, ninguém lhe pede um tostão, pedem-lhe que continue a divulgar, a incentivar, a promover. Dizer uma vez não chega, senão nunca teríamos necessitado da SRU.