De: Cristina Santos - "Demissão"
Não percebo por que Pedro Duarte se auto-flagela, sente-se impedido moralmente para exercer o seu contributo? Uma crítica construtiva não é motivo para demissão, e também não é adequado utilizar essa ferramenta no 1 º ano do mandato, quer mostrar-nos que está contra o sistema?! Mas há muita gente contra o sistema, falta é gente que esteja no sistema preocupada com isso.
Dos media fica a ideia que Pedro Duarte possa ter sido coagido, lá no interior do aparelho, onde tudo se discute. Mas não creio que Pedro Duarte fosse ameaça para Rui Rio, ao ponto deste sugerir a sua demissão, sabendo que tal acto se poderia tornar público e manifestar um redondo princípio de fascismo, condenável em qualquer currículo político. Também não quero que acreditar que, se fosse esse o caso, o visado o aceitasse assim de ânimo leve, sem qualquer contestação, era grave perceber que os mais jovens continuam a valorizar o compromisso partidário em detrimento do público. Estava tudo perdido.
Seja como for, a demissão da concelhia é mais uma machadada, mais uma dificuldade para Rui Rio. Neste clima de constantes mutilações, em breve não lhe resta nada com que possa desenvolver a Cidade. Era bom que deixassem de se precipitar, vão lá estar 4 anos, dediquem-se a coisas importantes, ou no mínimo finjam, demonstrem algum respeito por quem espera que estejam dedicados a outros trabalhos que não sejam batalhas verbais e trocadilhos...
Além de que o país e a região não podem continuar a perder jovens promissores políticos por causa da consistência dos velhos partidos, a juventude e a geração que aí vem, tem outros preparos, outra formação. Os mais velhos devem integrar esses novos talentos como o retorno de um investimento, devem encarar a integração dos novos como mais um ensinamento que deixam à futura geração.