De: Rui Moreira - "Porque falaram em mim"

Submetido por taf em Sábado, 2006-11-11 01:29

Antes de mais, estou de acordo com o último comentário do meu amigo Professor Rio Fernandes. As discussões são a parte menos interessante do blog. O resto, as ideias, interessam mais.

Quanto aos comentários da Senhora Doutora Laura Viegas:

Não sou oposição a nada nem a ninguém. Não tenho esse estatuto, nem esse mandato. Quando escrevo sobre o Porto, abordo os temas que me são caros e assuntos em que creio poder dar um contributo mais ou menos modesto, conforme perceba menos ou mais dos temas. Ao fim e ao cabo, escrevo no jornal Público a título pessoal, como os meus amigos escrevem no blog, e o que escrevo é sincero, apaixonado às vezes, mas totalmente independente e livre.

Ainda há dias dei uma entrevista ao Porto Canal em que falei da cidade e da Área Metropolitana, mas não é minha intenção estar sempre na berlinda, nem quero de facto que se julgue que há problemas pessoais ou institucionais com seja quem for. O que lhe disse, e recordo de me ter abordado, é que às vezes a cidade é estranha: emitimos a nossa opinião e em vez de suscitarmos o debate, acabamos por ser acusados de estar aliados a este ou aquele, ou o que é bem pior, de estarmos a fazer guerrilhas ou vendettas pessoais. Talvez seja um sinal da doença que assola a nossa sociedade portuense, que se tornou mais ríspida e intolerante.

Também tenho uma intervenção cívica como Presidente da ACP. Nessas circunstâncias sim, estou mandatado pelos associados, e procuro fazê-lo em matérias que têm a ver com os nossos estatutos: "contribuir para a prosperidade e ilustração" dos portuenses. O que é suficientemente abrangente para poder tecer considerações sobre muitos assuntos da cidade. Quando são matérias importantes, a direcção (de que fazem parte pessoas como o Professor Alberto de Castro, o Dr. António Lobo Xavier e o Dr. Paulo Rangel - e cito estes 3 só para que se perceba que temos muita diversidade de pontos de vista) avalia a questão e, se julgar oportuno, toma uma Posição Pública, como fez sobre o Plano de Pormenor das Antas, por exemplo, e como tem feito como é sua tradição sobre o tema das infra-estruturas. Nesse caso, tratam-se de posições oficiais da nossa Associação.