De: Jorge Ricardo Pinto - "Pequenas respostas"
Não quero protelar a discussão em torno de Pacheco Pereira, com o Rui Valente. Da minha parte, ponto final parágrafo. Cada um verá as coisas como elas são. Já me bastou ter divulgado o texto de JPP que julgo estar muito interessante e valorizador da nossa cidade. Ah! E se gostou do que escrevi sobre Rui Rio, deixe-me que lhe diga que neste momento, para além dessas doze razões, ainda acrescentaria mais uma mão cheia delas. Ficará para um destes dias.
E concordo também com o António Alves quando ele me rectifica. Não fui exacto quando escrevi "a quem a maioria dos votantes da cidade deu maioria". Risque-se a primeira vez que a palavra “maioria” aparece. A frase fica mais bonita e, no final, mais certeira, ainda que em termos práticos nada mude: “a quem os votantes da cidade deram maioria”.
Contudo, caro António Alves, por estranho que possa parecer, também não concordo consigo quando escreve “Na verdade, [essa maioria] votou mesmo contra Rui Rio”. Aí a conversa é outra. Porque nas eleições, não votar a favor poderá não querer dizer votar contra. Se todos (e nem precisavam de ser todos…) os eleitores que não votaram no Rio se tivessem concentrado noutro candidato, então Rio não venceria. Quero com isto dizer que grande parte dos eleitores não votou contra Rio, mas acabou, votando num candidato menos forte ou conscientemente num candidato a quem interessava a manutenção de Rio, por beneficiar o actual presidente.
Aproveito também para reforçar a qualidade do livro que Francisco Oliveira refere: “As esquinas do tempo”. Já agora, fica aqui uma ideia. Porque não fazer uma reedição dessa obra, mas agora com o estado actual das coisas. O conjunto fotográfico que supostamente representa a contemporaneidade é do princípio da década de 80. Muito mudou desde então.
Jorge Ricardo Pinto
Blog Comboio Azul