De: Jorge Ricardo Pinto - "Pequena nota ainda sobre Pacheco Pereira"
Não queria (nem sequer acho que devia!) armar-me em defensor de Pacheco Pereira. Nunca o conheci pessoalmente, nem nunca travei diálogo com ele, excepto num ou noutro e-mail que enviei para o Abrupto como comentário ao que ele havia escrito, e que (diga-se!) receberam sempre resposta. E por aí ficou. Tal como muitos dos que aqui escreveram, também critiquei o conteúdo do texto que publicou no Abrupto e na Visão no blog Comboio Azul onde vou escrevendo com maior ou menor assiduidade.
De forma geral, concordo com as críticas a esse texto feitas pela maioria dos que aqui escrevem, e penso até que o próprio texto continha outras lógicas menos felizes sobre outras questões para além da Rivolição.
Mas o último texto do Rui Valente incomodou-me um pouco, porque é claramente excessivo. Desde logo, não me parece boa ideia discutirmos quem é mais ou menos portuense ou quem sente mais ou menos o Porto. Isso é coisa de crianças. Depois porque (e repito, não quero estar para aqui armado em advogado de defesa! Pacheco Pereira não precisa, longe disso!) convém sabermos de quem falamos e não dispararmos ao primeiro tropeção ou discordância. Para tal, peço-lhes que espreitem este texto de Pacheco Pereira, escrito há já algum tempo no Abrupto, sobre a cidade que aqui, de forma tão sadia e inteligente, se discute.
O texto de JPP sobre a Rivolição não será feliz, porque pretende proteger o amigo Rui Rio (a quem a maioria dos votantes da cidade deu maioria, é bom não esquecer!) e possivelmente, como tem sido escrito, até ponho a hipótese de uma protecção (ins)(sub)consciente à sua irmã (na relação com o Cinema Novo ou Fantasporto), mas dizer que JPP detesta o Porto é um profundo disparate. Já agora, antes que eu seja acusado de também pertencer ao Rui Rio fanclub, espreitem aqui, onde apontei as 12 razões que me levaram a votar contra Rui Rio. Não mudo uma vírgula.
Jorge Ricardo Pinto