De: Miguel Abreu - "Loop"
Como a maior parte dos portuenses, especialmente aqueles verdadeiramente interessados na reabilitação da baixa, vejo o LOOP como, e citando Cristina Santos, "uma lufada de ar fresco". A questão de não ser para todas as bolsas nem é bem questão, se é esse o preço a pagar para renovar a Baixa, que seja, é preferível termos uma Baixa renovada, povoada, activa, ainda que essa população seja de classe média/alta, que continuarmos a ter uma Baixa devoluta, suja e sem ideias.
Compreendo, de certa forma, Tiago Oliveira, quando este se refere a "imagens espectaculares"... também eu tive a mesma impressão quando visitei a página do LOOP. Para além de umas imagens tiradas de uns 3D e das entidades promotoras do projecto, pouco mais podemos apurar, quanto custarão? (deduzimos que muito) quando começará a obra? e quando ficará concluída? estará já esta viabilizada pela câmara? e que tal umas plantas mais pormenorizadas e áreas? é mais uma página publicitária que outra coisa qualquer, o que, no entanto, não tira mérito ao projecto, mas faz-nos no mínimo desconfiar um pouco.
Outro falso problema é o facto do arquitecto do projecto não ser do Porto, deixemo-nos de provincianismos, o Porto é uma cidade europeia, o centro de uma metrópole com cerca de 1,8 milhões de habitantes, queremos ter obras projectadas por arquitectos de todo o país, de toda a Europa, de todo o mundo, e neste caso até nem é de outra escola, visto Pedro Machado Costa arquitecto responsável pelo projecto, lisboeta, ter sido formado pela FAUP (Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto).
Miguel Araújo Abreu