De: José Silva - "A actual crise beneficiará o Norte e prejudicará Lisboa: tese já é suportada por dados empíricos"
Novembro 2008: "(...) Norte salvou-se por vários anos da Drenagem e sabotagem que Lisboa constantemente exerce. (...) Os financiamentos estão a passar de caros para impossíveis. Continuando cego à realidade, Portugal corre o risco de ser expulso do Euro ou deixar de receber financiamento externo. Para continuarmos no Euro teremos de aceitar o reequilíbrio da balança de transacções correntes, como em 1982, cancelar projectos que requerem endividamento e apostar na economia dos bens e serviços transaccionáveis. Não é/será necessária uma declaração formal do BCE sobre a situação portuguesa, nem mesmo a vinda efectiva do FMI. As circunstâncias, os mercados, os decisores políticos nacionais e estrangeiros acabarão por implementar o que aqui escrevo. Estes factos macro-económicos tem força incrível e nem mesmo o descaramento propagandístico socrático ou a mafiosidade do bloco centralista de interesses consegue suplantar. (...) O Norte salva-se. O Centro, e Algarve também. É onde existe a economia dos bens e serviço transacionáveis. Lisboa em sentido metafórico, nos próximos 5 anos, será o dia seguinte dos sonhos dos superdragões: Terra queimada (...)."
Dezembro 2009: "Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 1995 e 2008, o rendimento dos madeirenses ultrapassou a “linha de água” e está agora 28% acima da média nacional, quando no início do período estava 11% abaixo. No mesmo período, Lisboa, que permaneceu sempre como a região mais “rica” do país, praticamente marcou passo: o PIB per capita ainda subiu alguns pontos entre 1998 e 2005, mas em 2008 (último ano para os quais há dados disponíveis e ainda provisórios), regressou ao mesmo patamar de 1995, com um rendimento 38% acima da média do País. Pela negativa, o destaque vai todo para a região Norte, que foi empobrecendo progressivamente ao longo do período, apenas com uma ligeira recuperação em 2007 e 2008. Contas feitas, se em 1995 a região apresentava um PIB per capita 15% inferior à média nacional, em 2008 a distância aumentou para 20%."