Desafio à sociedade civil
Na sequência de algum feedback que fui tendo após a publicação do texto sobre “O financiamento do blog”, resolvi lançar uma iniciativa paralela, complementar à procura de um patrocinador para A Baixa do Porto.
Sempre fui, e continuo a ser, bastante céptico sobre a vontade de as pessoas concretizarem iniciativas de intervenção cívica quando elas exigem algum trabalho ou implicam algum dispêndio de dinheiro. Daí a minha tentativa de encontrar uma entidade patrocinadora, em vez de propor a contribuição voluntária dos participantes. Compreendo também que por vezes não se trata de uma questão de vontade, mas sim de falta de recursos – afinal a crise não é apenas virtual e poderá haver outras prioridades.
Manter um blog como A Baixa do Porto é muito mais do que trabalho técnico e de editor. Exige tempo de leitura de notícias, visita e participação noutros blogs, envolvimento na vida cívica da cidade. Por vezes é também necessário algum estudo mais especializado sobre o que está em causa. Veja-se o caso do Metro na Boavista, por exemplo. Ou a génese da SRU. Ou o debate do PDM.
Manter um blog como A Baixa do Porto é também passar do virtual ao real, promovendo encontro de interesses e solidificando uma rede de contactos. É servir de catalizador na cidade e na região. É ter opinião e suscitar o aparecimento de opiniões diferentes. É fazer lobbying a favor de uma “política open source”.
É para tudo isso que eu quero “comprar tempo de trabalho” para mim próprio e, quando necessário e adequado, para colaboradores meus. Quanto maiores as receitas, melhores as “ferramentas” de que dispomos e portanto maior o impacto esperado da actividade centrada n’A Baixa do Porto.
Por isso, e atendendo à disponibilidade preliminar manifestada por algumas pessoas, resolvi criar n’A Baixa do Porto uma nova possibilidade: a de haver “sub-blogs” privados. Passo a explicar.
Vamos ver no que isto dá, se a sociedade civil funciona ou não.
Que eu saiba, este seria um caso inédito em Portugal. :-)
(originalmente publicado aqui)
Sempre fui, e continuo a ser, bastante céptico sobre a vontade de as pessoas concretizarem iniciativas de intervenção cívica quando elas exigem algum trabalho ou implicam algum dispêndio de dinheiro. Daí a minha tentativa de encontrar uma entidade patrocinadora, em vez de propor a contribuição voluntária dos participantes. Compreendo também que por vezes não se trata de uma questão de vontade, mas sim de falta de recursos – afinal a crise não é apenas virtual e poderá haver outras prioridades.
Manter um blog como A Baixa do Porto é muito mais do que trabalho técnico e de editor. Exige tempo de leitura de notícias, visita e participação noutros blogs, envolvimento na vida cívica da cidade. Por vezes é também necessário algum estudo mais especializado sobre o que está em causa. Veja-se o caso do Metro na Boavista, por exemplo. Ou a génese da SRU. Ou o debate do PDM.
Manter um blog como A Baixa do Porto é também passar do virtual ao real, promovendo encontro de interesses e solidificando uma rede de contactos. É servir de catalizador na cidade e na região. É ter opinião e suscitar o aparecimento de opiniões diferentes. É fazer lobbying a favor de uma “política open source”.
É para tudo isso que eu quero “comprar tempo de trabalho” para mim próprio e, quando necessário e adequado, para colaboradores meus. Quanto maiores as receitas, melhores as “ferramentas” de que dispomos e portanto maior o impacto esperado da actividade centrada n’A Baixa do Porto.
Por isso, e atendendo à disponibilidade preliminar manifestada por algumas pessoas, resolvi criar n’A Baixa do Porto uma nova possibilidade: a de haver “sub-blogs” privados. Passo a explicar.
- Estabelece-se o montante mínimo de 100 euros mensais (não há máximo :-) ) para contribuições voluntárias, por transferência bancária regular a favor de Terras do Vento Norte, C.R.L., NIB=0033.0000.0004.9108.966.08, relativamente às quais será naturalmente passado recibo.
- Estes patrocinadores individuais terão direito, se assim o desejarem, a possuir o seu próprio blog num endereço do tipo http://fulanodetal.taf.net/ (ou outro qualquer que possuam), à semelhança do meu próprio blog em https://taf.net/opiniao/. A publicação de opinião nesses espaços será livre e poderá ser feita sem qualquer intervenção da minha parte. Reservo-me contudo o direito de cancelar este serviço caso a natureza dos conteúdos seja por mim considerada completamente inaceitável (casos de pornografia, difamação, boçalidade, etc.)
- Haverá n’A Baixa do Porto um apontador permanente para esses blogs privados (equivalente ao apontador para “TAF – Opinião”) e também a chamada de atenção para eventuais actualizações em conjunto com a revista de imprensa que faço quase diariamente.
- Dos textos publicados nesses blogs será também colocada cópia no próprio A Baixa do Porto segundo os critérios de aceitação que eu tenho vindo a aplicar. Neste caso mantém-se portanto a “censura prévia”. ;-)
- Tal como a gestão d’A Baixa do Porto, a gestão das verbas eventualmente recebidas será da minha inteira responsabilidade e terá a aplicação que eu próprio considerar mais adequada. Pretendo ser avaliado pelos resultados da minha acção e não por análises contabilísticas. :-)
Vamos ver no que isto dá, se a sociedade civil funciona ou não.
Que eu saiba, este seria um caso inédito em Portugal. :-)
(originalmente publicado aqui)